sábado, 21 de agosto de 2010

Puma Air aposta em rota Brasil/Angola



De olho em rotas internacionais, a Puma Air pretende iniciar vôos diários na rota Brasil/Angola. O vice-presidente da companhia aérea, Jorge Vianna, justifica a operação em função do número de brasileiros que vivem em Luanda, capital daquele país. Estima-se que, pelo menos, 50 mil brasileiros vivem em Luanda. Outra justificativa para a operação é a forte presença de empresas brasileiras, entre as quais a Petrobrás, com atividades naquele mercado.

A companhia aérea operava apenas regionalmente, ligando cidades do interior do Pará com a capital do estado. Com venda para o empresário Gleison Gambogi de Souza, três meses atrás iniciou vôos diários para Belém, Macapá (AP) e Guarulhos (SP), com os quais assumiu a quarta posição no transporte de passageiros, entre as 11 companhias regionais do país, conforme dados da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

Segundo Vianna, a expectativa da companhia é transportar um milhão de passageiros nos primeiros 12 meses de atuação, entre vôos nacionais e para o exterior. Em termos de participação de mercado, ele indica que isso equivale a uma fatia de 1,5% dos vôos doméstico e de 2,5% dos internacionais.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Funcionários da Gol vão parar dia 13 de agosto.

Passageiros enfrentam atraso e cancelamento de voos



BRASÍLIA, RIO e SÃO PAULO - Os funcionários da Gol vão parar por 24 horas no próximo dia 13 de agosto. A greve foi convocada por e-mail distribuído na tarde desta segunda-feira por empregados da empresa. Os funcionários reivindicam aumento salarial de 25%, além de "escalas mais humanas", planos de saúde e de previdência privada pagos pela empresa e plano de carreira para todos os funcionários.
No email, além da convocação da greve, há uma carta endereçada ao presidente da Gol, Constantino Júnior, em que os funcionários fazem um trocadilho com a cor da empresa, laranja. "Essa Laranja já deu muita laranjada, está na hora do Senhor cuidar da Laranjeira", diz a carta.
A paralisação tem o apoio do Sindicato Nacional dos Aeroviários. Selma Balbino, presidente da entidade, declara que a iniciativa dos funcionários além de ser resultado dos problemas internos da Gol, também está relacionada à lenta fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Agência Nacional em Aviação Civil (ANAC). "Não podemos esquecer que as multas aplicadas pelo MTE e ANAC são tão baixas, que acabam se tornando um incentivo ao desrespeito à legislação trabalhista e à regulamentação profissional", diz a nota do sindicato.
Problemas na escala associados ao elevado tráfego aéreo na volta às aulas levaram à insuficiência de tripulantes para os voos programados da companhia, que registram atrasos desde sexta-feira. Os problemas enfrentados pela Gol provocaram efeito cascata que levaram o número de voos domésticos atrasados no país a 26% dos 2.162 voos programados em 54 aeroportos brasileiros, segundo dados da Infraero atualizados até às 21h desta segunda-feira. A média de atrasos nos voos domésticos nos primeiros cinco meses do ano é de 12,4%.
Na Gol, houve desde excesso de voos fretados (não regulares) para destinos turísticos em julho a falhas no sistema da empresa que monitora a carga horária dos tripulantes. A decisão dos funcionários de cumprir estritamente a legislação trabalhista do setor - máximo de 85 horas de voo por mês - também fez os passageiros da segunda maior companhia aérea do país passarem por um verdadeiro tormento nos aeroportos na volta das férias. Até as 21h, 393 decolagens domésticas da empresa - 52,5% dos 748 voos programados - sofreram atrasos e 94 viagens (12,6%) foram canceladas. Dos 34 embarques internacionais previstos, 44,1% (15) foram adiados.